08 Dec 2024 Ellipse ATUALIZADO 09:56

Publicado

24/08/2024
Política

Em entrevista na Rádio Princesa, Gustavo e Lula Soares escondem filha de Inês

Na entrevista da Rádio Princesa, neste último sábado, o cenário deveria ser favorável para Lula Soares e Isabela Morais, candidatos a prefeito e vice de Assú, mas quem dominou a conversa foi o prefeito Gustavo Soares. Em vez de dar espaço para Isabela, a candidata a vice, apresentar suas propostas e visões, Gustavo monopolizou a fala, deixando-a praticamente sem voz na discussão.

A entrevista, que deveria destacar as qualidades e planos da chapa Lula-Isabela, acabou se transformando em um palco para Gustavo exibir sua preocupação com a campanha. O prefeito, aparentemente temeroso com o resultado da última pesquisa, que mostra Lula Soares em empate técnico com Dra. Vanessa, preferiu usar o tempo para reforçar sua própria figura e a de seus antepassados políticos, ao invés de permitir que Isabela Morais trouxesse à tona suas ideias.

Lula Soares, o candidato oficial à prefeitura, limitou-se a elogiar o primo Gustavo, sem fazer questão de passar o microfone para Isabela, que poderia ter contribuído com uma perspectiva diferente e complementar. A ausência de espaço para a vice-candidata levanta questionamentos sobre o verdadeiro papel dela na chapa e se suas opiniões e propostas têm o devido valor no grupo.

A estratégia de Gustavo e Lula de centralizar a campanha na figura do atual prefeito parece ignorar o potencial de Isabela como voz ativa e representativa, uma vez que é indicação da governadora Fátima Bezerra. Ao mantê-la à sombra, a chapa corre o risco de alienar eleitores que buscam uma campanha mais inclusiva e diversificada, além de demonstrar um certo descompasso com o governo do estado.

A postura de Gustavo, que chegou a acusar a oposição de esconder o ex-prefeito Ivan Júnior durante a campanha, contrasta com a própria atitude dele de não dar espaço à sua vice. Enquanto isso, Isabela Morais permanece como uma figura secundária, sem a oportunidade de se destacar e se conectar com o eleitorado, restando a ela um lugar no banco, consolada por sua mãe, Inês Almeida.

Se essa abordagem de silenciar a vice-candidata vai se mostrar eficaz ou prejudicial, só o desenrolar da campanha dirá. No entanto, a falta de protagonismo de Isabela em momentos-chave, como essa entrevista, pode ser um sinal preocupante para aqueles que esperam por uma campanha mais participativa e democrática.

Estamos observando…

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