Evangélicos de Assú estão sendo pressionados a votar em Bolsonaro
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Por Silvino Júnior, graduando em jornalismo (UERN), Assistente de Planejamento da Produção (SENAI) e Editor Colaborador do Observatório da Várzea.
“Eu participo de um grupo no WhatsApp da Assembleia de Deus. Se você não vota em Bolsonaro, consideram que você não é cristão, que precisa se converter. Me afastei e sai do grupo após ouvir irmãos dizerem que se eu não votar nele, irei para o inferno. Isso tem acontecido até nos cultos de doutrina”, relata uma evangélica da zona rural de Assú. Tivemos acesso a outros depoimentos semelhantes, mas as fontes preferiram o anonimato.
Nos grupos e nos templos, já chegou ao conhecimento de dirigentes e fiéis a orientação do Pastor Martim Alves da Silva, Presidente da Igreja evangélica Assembleia de Deus no Rio Grande do Norte, sobre o que ele classifica de “o projeto político que mais se assemelhe aos padrões estabelecidos por Deus”. Em um documento de 10 páginas, Martim fala sobre o que seria ideologias diabólicas, ideologia de gênero, guerra ideológica e mensagem do evangelho. Ele conclui afirmando que “nossa nação seja construída com bases teóricas cristãs – a sã doutrina – legando para nossos filhos e netos um país em que se pode servir a Deus com liberdade”.
Episódios de intimidação contra evangélicos que discordam da posição política da igreja que frequentam tem sido constantes nesta reta final de eleição. A Procuradoria Regional Eleitoral do RN chegou a destacar ainda em julho, que a prática de propaganda nas igrejas a candidatos, mesmo que velado, pode caracterizar hipótese de abuso de poder econômico.
Estamos observando…
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