MARIA LÚCIA DA FÉ: A CENTENÁRIA
Por: Tállison Ferreira
Só vivemos uns setenta anos,
e os mais fortes chegam aos oitenta (Sl 90 (89))
Em plena pandemia da COVID-19, em meio aos desmantelamentos sociais, políticos, econômicos, sanitários, educacionais e ambientais que o Brasil vem enfrentando desde 2016, e diante dos horrores do mundo que provocam cada vez mais cenários desanimadores, chegar aos cem anos de existência, com lucidez e otimismo, é uma dádiva de Deus.
De acordo com o salmista, “só vivemos uns setenta anos, e os mais fortes chegam aos oitenta” (Sl 90 (89)), mas Maria Lúcia da Fé ultrapassou essa marca e foi além. A assuense conseguiu a proeza de apagar, neste dia 02 de março de 2022, a velinha que lhe dá o título de centenária.
De forma discreta, e ancorada no poder da oração, dona Lúcia mantem-se viva, resistindo a todas as formas de mortes e aos cenários perversos construídos por alguns humanos que se rendem a ganância e ao poder e, por causa disso, matam, ferem e destroem outros humanos.
De 1922 a 2022, uma história de amor e sacrifício continua sendo escrita. A sua fé parece inabalável. A vida a fez ser forte demais.
Próprio de quem não relega a outros a sua missão no mundo de ser sinal de esperança, ela resiste com a sua presença consoladora.
A mãe da Beata Lindalva Justo de Oliveira (em processo de canonização), nos estimula a perseverar na fé, na esperança e na caridade. Educa-nos a resistir pelo amor como uma ação ética. Ensina-nos que vive muito quem não tenta controlar o incontrolável, mas quem sabe viver um dia de cada vez e aprende com os sofrimentos diários a ser sempre uma pessoa melhor.
Parabéns, dona Lúcia!!
Tállison Ferreira
Quarta-Feira de Cinzas de 2022
REFERÊNCIA
BÍBLIA de Jerusalém. São Paulo/SP : Paulus, 2013.
SILVA, Tállison Ferreira da. Maria Lúcia da Fé: a mãe de uma santa. Natal/RN: 8Editora, 2018.
0 Comentários