Assú não recebe Selo UNICEF: Um retrato de uma gestão que deixa crianças e adolescentes para trás
O selo UNICEF é um reconhecimento importante para municípios que se destacam em políticas públicas voltadas para o bem-estar de crianças e adolescentes. A ausência de Assú na lista de cidades contempladas na edição de 2021-2024, revela prioridades da gestão que parecem estar desconectadas das necessidades da juventude local.
O selo é concedido pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância e reconhece municípios que desenvolvem ações consistentes em áreas essenciais como saúde, educação e proteção social. Ter o selo não é apenas uma honra; é uma prova do comprometimento de uma administração em garantir um futuro melhor para as crianças e adolescentes da cidade.
Ao invés de priorizar programas sociais e educacionais, a gestão de Assú concentrou-se em fazer empréstimos para projetos de calçamento. Embora a infraestrutura seja importante, ela não substitui investimentos em saúde, educação e programas de proteção infantil.
Apesar de Assú não ter sido reconhecida, cidades menores do RN, com recursos mais limitados, conseguiram o selo. Exemplos incluem Acari, Afonso Bezerra, Água Nova, Alto do Rodrigues, Angicos, Apodi , Arês, Baía Formosa, Baraúna, Bom Jesus, Canguaretama, Caraúbas, Carnaubais, Cerro Corá, Cruzeta, Doutor Severiano, Parnamirim, Extremoz, Florânia, Francisco Dantas, Frutuoso Gomes, Galinhos, Goianinha, Governador Dix-Sept Rosado, Guamaré, Ielmo Marinho, Mossoró, Ipueira, Itaú, Japi, Jardim de Piranhas, Jardim do Seridó, Jucurutu, Lagoa d’Anta, Lagoa Nova, Lagoa Salgada, Lucrécia, Luís Gomes, Major Sales, Martins, Messias Targino, Monte das Gameleiras, Nova Cruz, Parazinho, Parelhas, Rio do Fogo, Passa e Fica, Passagem, Pau dos Ferros, Pedro Avelino, Pedro Velho, Pilões, Poço Branco, Portalegre,
Riacho da Cruz, Riacho de Santana, Santa Cruz, Santana do Seridó, São Bento do Trairí, São Francisco do Oeste, São José de Mipibu, São Paulo do Potengi, São Vicente, Serrinha, Serrinha dos Pintos, Sítio Novo, Taboleiro Grande, Tenente Laurentino Cruz, Timbaúba dos Batistas, Upanema, Venha-Ver, Vera Cruz, Viçosa, mostrando que o comprometimento da gestão pode superar desafios financeiros e estruturais.
A ausência do selo sugere que as crianças e adolescentes de Assú podem estar desprovidos de políticas eficazes que melhorem sua qualidade de vida, desde o acesso à educação de qualidade até cuidados de saúde e proteção contra riscos sociais. A conquista de cidades menores demonstra que, independentemente do tamanho, o empenho e o foco em políticas voltadas para a infância são decisivos para obter o reconhecimento do UNICEF.
A falta do selo UNICEF é um sinal claro de que a gestão de Assú precisa repensar suas prioridades. Investir no bem-estar de crianças e adolescentes é investir no futuro da cidade. Sem isso, obras e infraestruturas acabam por ter um impacto limitado em longo prazo.
Estamos observando…
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