27 Jul 2024 Ellipse ATUALIZADO 00:46

Publicado

30/12/2022

Atualizado

31/01/2024
Publicação

A primavera das mulheres

Por Pedro Henrique, poeta e escritor. Bacharel em Direito (UERN), Especialista em Direito Digital (Faculdade Verbo), mestrando em Estudos Urbanos e Regionais (UFRN) e Editor Colaborador do Observatório da Várzea.

As especulações para o executivo municipal em Assú, num possível pleito, vem colocando a vice-prefeita Fabielle Bezerra e Vanessa Lopes no centro das atenções e do favoritismo popular. As oligarquias machistas piram! Não conheço nenhuma delas, exceção de acompanhá-las nas redes sociais, o que não diz muito sobre uma pessoa, no fundo. Aqui mostramos o que queremos que seja público, e nunca cabe tudo. O fato é que o protagonismo das mulheres é nítido no executivo da Terra da Poesia, e o legislativo assuense muito em breve também passará por uma renovação e será presidido pelas vereadoras Elisângela Albano (Presidente) e Lucianny Guerra (Vice-presidente). Ao que parece, o ano de 2023 será todo delas. Que será que vem por aí?

Não sou um comentarista político, e nem tenho a pretensão de sê-lo. Penso que essa tarefa já é muito bem desenvolvida neste blog pelos colegas Silvino Júnior e o querido José Guimarães, a quem conheço desde a infância por Dedé. No entanto, alguns comentários e análises políticas que circulam na cidade me intrigam desde sempre. Percebo que insistem em vincular o sucesso das mulheres com o seu carisma, afetividade, até mesmo com a beleza ou a sua vinculação com maridos ou homens influentes. Mas, por que não competência? Pode uma mulher ser carismática e forte, bela e técnica? O que pode uma mulher na política? Ou mesmo, quão ameaçador pode ser uma mulher no poder? Parece que há muitas regras e manuais que uma mulher deve seguir. Mas, isso não é de hoje e, apesar das desigualdades de gênero, as mulheres vêm resistindo e ocupando os espaços públicos e postos de trabalho, muito embora ainda falte muito para uma possível igualdade. Sem falar nas questões raciais e de classe, já que as mulheres negras e pobres estão ainda mais vulneráveis nesse sistema patriarcal.

Por enquanto não trarei nenhuma resposta, somente esses questionamentos. Ao mesmo tempo, desafio o(a) leitor(a), especialmente as mulheres, a observar as diferenças na gestão e atuação de nossas representantes, como elas são caracterizadas e tratadas por seus opositores, se as pautas de gênero estão sendo defendidas por elas, se outras mulheres estão sendo incorporadas na equipe técnica e se serão alvo das políticas públicas. Deixem nos comentários o que é importante essas mulheres pautarem na política. Estamos observando…

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