27 Jul 2024 Ellipse ATUALIZADO 04:59

Publicado

13/07/2022

Atualizado

31/01/2024
Publicação

APA DAS CARNAÚBAS

Por Ayslann Tôdayochy, Mestre em Manejo de Solo e Água (UFERSA), Engenheiro Agrícola e Ambiental (UFERSA), Bacharel em Ciências e Tecnologia (UFERSA), Estudante de Engenharia de Produção (UFERSA) e Editor Colaborador do Observatório da Várzea.

Que o Assú e o Vale são conhecidos, em todo o estado, por suas características marcantes, pelo seu povo trabalhador, suas potencialidades e suas belezas naturais, isso todo mundo já sabe, mas você já ouviu falar sobre a Área de Proteção Ambiental – APA da Carnaúba?

As discussões sobre a APA da Carnaúba são bem antigas, processo que começou em 2006, porém, ganhou força por volta do ano de 2013, quando o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (IDEMA) realizou diversas rodadas de consultas públicas, em diversos municípios do Vale do Açu, para discutir a sua criação. A proposta visava transformar uma área de 100.111 hectares em uma Unidade Estadual de Conservação (UC), denominada APA da Carnaúba, que abrangeria os municípios de Afonso Bezerra, Assú, Alto do Rodrigues, Carnaubais, Ipanguaçu e Pendências. Com o objetivo de conservar e preservar os ecossistemas e o estabelecimento de instrumentos de gestão que possibilitassem a preservação da Caatinga, incluindo os fragmentos de florestas de Carnaúbas, que se encontram junto ao vale fluvial do Rio Piranhas/Açu, assegurando a sustentabilidade e o uso dos recursos naturais pela população.

Desde então, muito tempo se passou e pouco – para não dizer nada – foi feito, apenas algumas reuniões pontuais, a última realizada que se tem registro, no dia 10 de maio de 2018, conforme consta no portal da Prefeitura Municipal do Assú, quando representantes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente fizeram parte de uma comitiva com a finalidade de colher amplas informações sobre o projeto de constituição da Área de Proteção Ambiental – APA da Carnaúba junto ao IDEMA na Capital do Estado.

Entretanto, o questionamento que fica é: será que esqueceram? Por que não se discutiu mais sobre esse projeto tão importante? Será que é inviável? Será que não é importante?

O que se sabe é da grande importância dessa UC para a preservação e fortalecimento do meio ambiente na nossa região, e, consequentemente, para o Bioma da Caatinga (e também das carnaúbas – “árvore da vida”) que, ao longo dos anos, vem sofrendo com a negligência, o desmatamento, a desertificação e tantos outros problemas graves. Se o poder público estivesse realmente interessado na implementação de tal projeto e no desenvolvimento da região, certamente já o teria feito.

Estamos observando…

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