27 Jul 2024 Ellipse ATUALIZADO 05:16

Publicado

26/02/2023

Atualizado

31/01/2024
Publicação

Apesar de negar rompimento, o marionetista não explica porque exonerou cargos do F4

Por José Guimarães, Licenciado em Filosofia pela Faculdade Vicentina (Curitiba), especialista em Pesquisa Acadêmica e Científica na Prática Docente, pela Unibagozzi (Curitiba) e Editor Colaborador do Observatório da Várzea.

Em uma entrevista de pouco mais de uma hora para a Rádio Princesa FM, na manhã deste sábado, dia 25 de fevereiro, além de repetir o mantra a que estamos acostumados, a prole do jacaré procurou se esquivar da última pergunta do entrevistador, Jarbas Rocha, a respeito do rompimento com a vice-prefeita e os três vereadores Wallace, Paulo Brito e Karielle Medeiros, que compõem o chamado F4.

Além de evocar o ex-prefeito Ivan Júnior, numa espécie de necessidade em enfrentar um opositor no ring, George, que vestia camiseta com uma frase curiosa “o cancão vai piar”, tentou mostrar os seus feitos enquanto deputado e prefeito ao mesmo tempo, uma vez que sabemos ser ele mesmo quem determina os rumos da PMA. O marionetista George Soares ocupou 90% da fala, dando poucas chances ao mamulengo que ocupava a cadeira ao lado.

Tentando se afastar da caricatura ultrapassada do jacaré-pai, o deputado buscou imprimir a imagem de “nova geração”, passando a ideia de que não faz parte do modelo político ao qual a família Soares-Montenegro está há décadas se beneficiando. Porém, George esquece que, apesar do cinismo político impetrado pela maioria dos seus pares, ainda existem pessoas com capacidade de fazer uma leitura crítica da oligarquia à qual ele, por ora, lidera. A nova geração de verdade, aquela que consegue se libertar dos tentáculos sedutores da máquina municipal, jamais acreditará em uma só palavra ou promessa travestida de boa vontade.

Ao final da entrevista (que mais pareceu uma conversa de compadres), quando indagado sobre o rompimento com o F4, o marionetista tomou a fala e, à sua maneira, tentou minimizar dizendo que “espera que aconteça o entendimento”, uma vez que não houve rompimento oficial. No entanto, o deputado esqueceu de dizer que(usando suas palavras), mesmo não tendo rompimento, mandou exonerar todos os cargos comissionados ligados ao F4, numa nítida declaração de guerra contra aqueles que ele considera adversários.

Enquanto observador, tenho me perguntado: Qual seria o entendimento que George deseja? Quais camadas da população ele quer enganar? A quem ele ainda acha que consegue convencer com esse discurso? Claro que são perguntas a serem bem analisadas por especialistas, pois se trata de uma engenharia discursiva, com a tentativa de fazer o jogo político se movimentar no tabuleiro, sem perder o charme que todo manipulador de bonecos se gaba, ao fazer parecer que seus mamulengos tem vida e voz, sendo ele mesmo o dono do discurso, enquanto nós, o público, nos distraímos.

Estamos observando…

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