27 Jul 2024 Ellipse ATUALIZADO 21:54

Publicado

04/07/2023

Atualizado

31/01/2024
Publicação

Após o “15 Em Ponto”, estudantes denunciam ausência de transporte por falta de pagamento

Por Izabely Rodrigues, licenciada em Química pela UFRN, professora da rede privada e Editora Colaboradora do Observatório da Várzea

O apagar das luzes do picadeiro é entristecedor, pois quando se fecham as cortinas do grande circo, só resta a escuridão e as reais necessidades. No último domingo, Pendências foi palco de um evento de encher os olhos, as avenidas lotadas, pessoas felizes dançando e cantando, mas quando a última batida do som parou, a realidade bateu na porta.

Estudantes do IFRN – Campus Macau que residem na comunidade de Mulungu, distrito da Flor do Vale, denunciam em suas redes a falta de transporte público escolar, por falta de pagamento. “Disponibilizaram um transporte que não suporta a demanda dos alunos. Alguns estão perdendo aula pois o carro só suporta 4 pessoas, e só pela manhã somos 6, os que estudam a tarde e têm aula pela manhã, estão sem ir”, relata a estudante e munícipe Clara Santos.

O transporte escolar de Pendências é pauta de discussão há anos, pois os transportes são insuficientes para a demanda do município, com veículos superlotados que, além do desconforto, há falta explícita de segurança para os estudantes. Os jovens Pendencienses que buscam a qualificação profissional e a transformação de vida por meio da educação, vivem um pesadelo com o transporte escolar. A falta de pagamento das frotas sempre foi realidade nesta gestão mas, ainda assim, a gestão municipal tapa os olhos e segue administrando Pendências como um carrinho de picolé.

É entristecedor saber que uma gestão prioriza o que não é prioridade, Enquanto alunos da rede municipal e federal ficam sem transporte escolar, a cidade é palco de festividades, onde o valor utilizado pagaria meses do transporte escolar. A revolta invade o peito de uma mãe, que em suas redes relata: “ o ‘querido prefeito’ mais uma vez não pagou a empresa de transporte para ‘carregar’ os alunos das comunidades, é falta de respeito e não de dinheiro, porque metem o ‘aço’ a fazerem festas”.

O slogan da campanha “trabalho bom vai continuar” é questionado pela mãe do estudante, acrescentando que “só procuram os eleitores para pedir votos, prometem promessas e mais promessas e não cumprem”. Ora, é a realidade de nosso povo. A educação não é prioridade em Pendências, mesmo sendo um dos pilares mais importantes para a construção de uma sociedade mais digna e justa.

Que o silêncio continue sendo quebrado, que mais mães, pais e estudantes cobrem o que é nosso de direito, porque é inadmissível que uma cidade que arrecadou mais de 70 milhões de reais nos últimos 12 meses, deixe faltar transporte escolar, merenda e papel higiênico nas escolas, fazendo parecer que são “inimigos” da educação. As reais demandas voltaram a aparecer após o “15 em ponto”, mas a pontualidade dessa gestão com pagamentos de transportes e fornecedores do nosso município está em “xeque”, assim como o rei em uma partida de xadrez, ameaçando o andamento das atividades escolares e o desenvolvimento de nossos alunos.

Estamos observando…

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