27 Jul 2024 Ellipse ATUALIZADO 06:08

Publicado

03/08/2020

Atualizado

31/01/2024
Publicação

COMO CENTOPEIA, PASTOR ALFREDO ARTICULA PARA PROMOVER “OS SEUS” DEIXANDO UM PÉ EM CADA COLIGAÇÃO

Por José Guimarães, Licenciado em Filosofia pela Faculdade Vicentina (Curitiba), especialista em Pesquisa Acadêmica e Científica na Prática Docente, pela Faculdade Bagozzi (Curitiba) e Editor- Responsável do Observatório da Várzea.

É notório que, em Assú, o líder da maior igreja evangélica, a Assembleia de Deus, já ultrapassou os limites pastorais para, em nome de cargos e privilégios (no caso da atual gestão), encampar as trincheiras da política local.

Seria até natural, dado o histórico das igrejas evangélicas no Brasil, que sempre militaram em partidos conservadores e ajudaram nas discussões ideológicas que há muito são travadas e âmbito nacional, como acontece com centenas de prefeitos, deputados e senadores.

Acontece que, em Assú, não há critério ideológico. O pastor, que até então indicou sua nora como assessora do deputado George Soares (PL), a manteve no partido, enquanto ele mesmo articula em reuniões com o ex-prefeito Ivan Júnior (REPUBLICANOS) a quem presenteou com uma bíblia, fazendo questão de postar para as redes sociais e apresentou Jarbas Rocha (PSC), como uma espécie de troféu e “verdadeiro candidato da igreja”. Tudo isso, quando ele mesmo promove encontros públicos com o deputado federal João Maia (PL).

Mas a astúcia do herdeiro de Lutero vai além. É sabido que, até ser filiada ao Partido Progressista, a missionária Matúcia Regina era presidente do movimento de senhoras da igreja. Foi imediatamente afastada após a confirmação da sua pré-candidatura a vereadora, numa clara tentativa de apagar o nome da irmã Matúcia. A confirmação de um possível boicote veio à tona neste final de semana, quando o pastor apareceu num vídeo apresentando os “verdadeiros candidatos da igreja”, onde estavam presentes a pré-candidata preferida do pastor, Janicleide(PSC), à direita e Jarbas Rocha(PSC),à esquerda como agentes principais da sua escolha.

Como centopeia, o líder da maior e mais tradicional igreja evangélica de Assú deixa um pé em cada coligação, na certeza de que se manterá em evidência, caso qualquer das três chapas sejam eleitas. É uma clara tentativa de manter cargos e influência em qualquer cenário que se desponte para o futuro. É, além disso, uma visão fisiologista da gestão municipal, que não tem compromisso pastoral com políticas públicas, mas está a serviço dos interesses pessoais.

Estamos observando…

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