Em escolas municipais faltam auxiliares concursados e estagiários do IEL desistem por falta de apoio
Sem concurso público, sem processos seletivos para especialistas trabalharem nas escolas com crianças com necessidades educacionais especiais NEE, a situação das escolas municipais ficam cada dia mais caóticas.
No atual cenário, a prefeitura de Assú está contratando apenas estagiários do IEL, que são alunos de faculdades que estão inscritos entre 1º e 3º períodos, muitos deles matriculados em cursos como química, física, engenharia entre outros, não tendo afinidades com pedagogia, que seria o ideal.
Mesmo assim, são contratados para auxiliar crianças com NEE, tendo que dar banho, em algumas situações medicamentos, auxiliar na escrita e na leitura. Sem preparação, os estagiários se sentem desamparados e, mesmo recebendo uma bolsa de R$ 600,00, muitos estão desistindo e deixando as escolas desassistidas.
Fomos procurados por uma mãe que, segundo relata, seu filho está sem auxiliar há meses e que a única resposta que tem dos responsáveis é “vamos aguardar”. Um verdadeiro descaso da gestão municipal que, desobedecendo artigo 208 da Constituição brasileira, onde especifica que é dever do Estado garantir “atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino”, condição que também consta no artigo 54 do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente). Estamos observando…
0 Comentários