Ex-Prefeito de Ipanguaçu é esquecido em reunião e vai romper com a oposição
Por Silvino Júnior, graduando em jornalismo (UERN), Assistente de Planejamento da Produção (SENAI) e Editor Colaborador do Observatório da Várzea.
Cassado há cerca de 6 meses, o ex-prefeito de Ipanguaçu, Valderedo Bertoldo, subiu o tom e surpreendeu a oposição da cidade ao se posicionar em suas redes sociais afirmando que não foi convidado para uma reunião realizada pelo próprio grupo ontem (30) na residência de Dr. Thales Marinho, ex-vice-prefeito do município.
“Sigo firme fazendo o bem pelo povo de Ipanguaçu, mas sem enganar ninguém”, dizia um trecho da nota. A fala contundente de Valderedo chega em um momento em que a oposição local se encontra desarticulada, sem expressividade e uma liderança consistente para coordenar um projeto de retomada da prefeitura.
Nos bastidores, a declaração de Valderedo dividiu opiniões dentro do bloco oposicionista. Uma parte dos opositores, acredita que ele quis passar uma imagem de vítima, que buscou expor um motivo para poder desembarcar do grupo e ensaiar uma ida para o time da situação. Já outra parte, acredita que ele se sentiu com o ego ferido, que tenta reafirmar seu capital político para ter poder de decisão nas negociações para as eleições de 2024.
No pleito suplementar desse ano em Ipanguaçu, o clima dentro do grupo político nunca foi dos melhores. Internamente, Valderedo queria emplacar a Professora Jeane Dantas (PT) como candidata a vice na chapa com Jefferson Santos (PL). Ele não conseguiu realizar seu objetivo, o grupo optou pelo nome de Dr. Thales Marinho para compor a chapa.
Valderedo não digeriu o rompimento de Thales em 2018, que abriu mão do seu grupo e se lançou candidato a prefeito em 2020. Além da falta de confiança, relatos apontam que Valderedo guarda ressentimentos até hoje com seu antigo companheiro de chapa.
Valderedo ganhou status de “maior líder político da cidade” dentro do grupo. Sua imagem apareceu ao lado de Jefferson e Thales no material de campanha na eleição suplementar, os jingles citavam Valderedo como um “homem que havia sido perseguido”, além de toda a visibilidade e espaço concedido no palanque. Para aliados próximos, ele se mostra descontente e tem afirmado que já não faz mais parte do grupo.
Com esse ruído, a oposição de Ipanguaçu dorme no ponto, perde força, exibe falta de coesão e não consegue pautar e instigar cobranças ao poder executivo, tendo que se cuidar agora para estancar as percas e segurar os atuais simpatizantes.
Estamos observando…
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