Por Silvino Júnior, graduando em jornalismo (UERN), Assistente de Planejamento da Produção (SENAI) e Editor Colaborador do Observatório da Várzea.

Cassado e inelegível pelo período de oito anos, o ex-prefeito de Ipanguaçu, Valderedo Bertoldo, aprofundou uma crise interna dentro do bloco de oposição na cidade. Enquanto aliados defendem que a chapa Jefferson e Thales, que perdeu em março a eleição suplementar por uma diferença de 29 votos, seja mantida e possa novamente concorrer à prefeitura em 2024, Valderedo tenta emplacar um outro nome, impõe exigências e reivindica que o grupo reconheça ele como um líder político que deva ter amplo poder de decisão no balcão das negociações.

Em maio, Valderedo provocou uma saia-justa ao expor nas redes sociais sua insatisfação por não ter sido convidado para uma reunião que contou com diversos integrantes da oposição. Na época, o ex-prefeito apaziguou a situação ao surgir dias depois em uma foto durante um almoço com toda a bancada de oposição em um restaurante em Itajá – vendendo a ideia de que o grupo estaria unido. Desde então, o clima nunca mais foi o mesmo e uma nova reunião da oposição foi realizada no último sábado, dia 26 de agosto. Convidado, Valderedo não compareceu ao encontro e foi alvo de críticas dos correligionários nos bastidores.

O quadro da oposição de Ipanguaçu hoje é de mais dúvidas do que certezas. Valderedo tenta manter de pé sua influência no jogo político, porém, sua ausência, seu isolamento e suas atuais decisões são vistas por alguns interlocutores como um indicativo de pura inabilidade política. Sem capacidade de articulação, o ex-gestor desorganiza, desmobiliza, cria desunião, abre um vácuo político e fragmenta a oposição, que se encontra sem um líder definido, sem um discurso e em status de letargia.

Estamos observando…