Ipanguaçu vive caos político e clima de insegurança com dois prefeitos
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Por Silvino Júnior, graduando em jornalismo (UERN), Assistente em Planejamento da Produção (SENAI) e Editor Colaborador do Observatório da Várzea.
O diário oficial de Ipanguaçu completou dois dias que não é publicado. Relatos apontam que a principal unidade de saúde da cidade já se encontra sem estoque de alimentos e de insumos básicos. As contas da prefeitura no Banco do Brasil travadas. E o ar de desconfiança tomou conta dos fornecedores, que não se sentem seguros em repassar nada.
Ipanguaçu atravessa um impasse político sem precedentes. Em maio de 2021, o vereador Júnior Alcântara, se elegeu presidente da câmara para o biênio 2023-2024 do poder legislativo. Um ano depois, em julho de 2022, a base governista elaborou uma manobra política, anulou o pleito de Júnior e uma nova eleição para presidente foi realizada, tendo o vereador Jefferson Santos como vencedor. Quatro meses depois, em novembro, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) decidiu afastar o prefeito Valderedo Bertoldo do cargo, sob acusação de abuso de poder econômico e compra de votos. Diante disso, Jefferson assumiu como prefeito interino.
Mas a eleição que elegeu Jefferson como presidente da câmara foi anulada por seus colegas vereadores, que elaboraram um novo pleito e tornaram Doel Soares como quem deveria assumir o biênio 2023-2024. Doel na condição de presidente, já transferiu o cargo para o vereador Silvano Lopes, que já notificou Jefferson para que realize a transmissão administrativa no prazo de 24h.
O prazo de 24h passou, uma enxurrada de liminares se acumulou e Ipanguaçu segue neste caos, sem saber quem governa o município até março, quando ocorre a eleição suplementar para um mandato tampão de um ano.
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