No “vale tudo” para eleger o primo Lula Soares, George Soares entrega a liderança da oligarquia para o irmão, Gustavo Soares
Por José Guimarães, Licenciado em Filosofia pela Faculdade Vicentina (Curitiba), especialista em Pesquisa Acadêmica e Científica na Prática Docente, pela Unibagozzi (Curitiba) e Editor Colaborador do Observatório da Várzea.
Na tarde deste sábado, dia 03 de fevereiro, o deputado George Soares concedeu entrevista ao programa Sala de Redação da Princesa FM. Dentre as muitas coisas que falou, uma se destacou: o fato de “entregar” a liderança do grupo ao seu irmão Gustavo Soares, numa espécie de passagem de bastão.
Embora tente explicar que não faz parte de uma oligarquia, as palavras dos irmãos Soares traem a si mesmos, uma vez que, segundo o dicionário Oxford Languages, oligarquia se caracteriza como “regime político em que o poder é exercido por um pequeno grupo de pessoas, pertencentes ao mesmo partido, classe ou família”, ou seja o retrato perfeito do grupo liderado pelos Soares há décadas e descrito por eles mesmos na entrevista.
Para além do conceito de “oligarquia”, nos chama a atenção do ato de hoje a estratégia política do deputado. Entregando o grupo ao irmão (mesmo que seja um “faz de conta”), George evita rusgas com a governadora Fátima Bezerra, podendo aliar-se aos seus maiores adversários, como fez com Robinson Faria e, caso Lula Soares venha a perder a eleição em Assú, ele pode jogar a culpa no irmão que sempre mostrou aversão à política. Nos dois casos, George está levando Gustavo ao sacrifício.
Insistindo que não foi ao rádio falar de política, tentando fugir de pautas espinhosas, George começou tentando desfazer o dito popular do “Assú é a terra do que já teve”, tentando comparar Assú com Mossoró. Embora tenha dito no início que gestões não se comparam (Gustavo x Ronaldo e Ronaldo x Edgar), numa espécie de autolouvor, George não deixou de citar, mesmo que indiretamente, o ex-prefeito Ivan Júnior, expondo os feitos do seu grupo oligárquico.
Estamos observando…
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