PAPA FRANCISCO VISITA IRAQUE NO MOMENTO MUNDIALMENTE CRÍTICO
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Por Dasira Alves, Pedagoga e Editora colaboradora do Observatório da Várzea.
A visita do Papa Francisco é um acontecimento importante e histórico, pois ele é o primeiro Papa a chegar ao Iraque, onde a comunidade cristã foi atingida pela perseguição, discriminação e martírio.
O Papa Francisco chegou ao Iraque nesta sexta-feira (5) para a viagem de número 33 de seu pontificado com o objetivo de transmitir uma mensagem de paz e reconciliação no país que está confinado pela pandemia e foi afetado por anos de violência.
Em Bagdá, capital do Iraque, esteve com o presidente da República do Iraque, Barham Ahmed Salih Qassim, além outras autoridades, sacerdotes, religiosos (as). Defendeu a luta contra a corrupção e os abusos de poder, e pediu o fim da “violência”, dos “extremismos” e “intolerâncias”.
O Papa Francisco, antecipadamente, enviou uma mensagem emocionada aos iraquianos, na qual defende a reconciliação nesta terra, berço das religiões, afetada por anos de violência e guerras.
Pela primeira vez na história um Papa celebrou a santa Missa no Rito Caldeu que é um dos ritos das Igrejas Orientais Sui Iuris (Igrejas Orientais que estão em Comunhão com Roma), as línguas usadas durante a Eucaristia foram italiano, caldeu e árabe.
A missa foi realizada no sábado, 6 de março, na Catedral Católica de São José em Bagdá durante sua visita. Esta é a segunda ocasião em que o Santo Padre celebra uma Eucaristia em um rito católico oriental.
Durante sua viagem, que encerrou ontem, 08 de março, o Santo Padre também visitou igrejas que foram alvo da violência terrorista islâmica, a Catedral Sírio-Católica de Nossa Senhora da Salvação, também conhecida como Sayidat al-Nejat. Este templo é lembrado porque em 2010 o Estado Islâmico o invadiu durante a celebração de uma Missa dominical e matou cerca de 50 pessoas, incluindo dois sacerdotes, e deixou muitos feridos.
Em sua primeira viagem apostólica internacional desde o início da pandemia de coronavírus/Covid-19, analistas consideram a visita um desafio do ponto de vista não só religioso, mas também logístico e sanitário. Mesmo assim, Francisco manteve a agenda e declarou que não se pode decepcionar “pela segunda vez este povo”, depois de recordar o cancelamento da visita em 1999 de João Paulo II.
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