Por Silvino Júnior, graduando em jornalismo (UERN), Assistente de Planejamento da Produção (SENAI) e Editor Colaborador do Observatório da Várzea.

Enquanto alguns cabos eleitorais na região do Vale do Açu se mobilizam para distribuir santinhos e materiais dos seus candidatos por baixo e por cima dos portões e das portas das casas dos eleitores, que tem o lixo como destino horas depois, uma outra ideia fez a diferença e se classifica como a mais positiva das eleições este ano no RN. O candidato a deputado federal, Pablo Aires, de 28 anos, produziu um santinho semente. O papel pode ser picotado, servir para plantio e ao ser regado diariamente, nascer cenoura, rúcula ou margarida.

Pablo Aires, do PSB, foi eleito vereador em 2020 com a 9º maior votação em Mossoró. Na época, ele havia adotado a mesma estratégia e composto um santinho semelhante para sua campanha, que conquistou 1.857 votos. Segundo informações disponíveis nas redes sociais do candidato, o santinho este ano se mantém como biodegradável e é produzido por uma ONG sem fins lucrativos, que opera no trabalho de reabilitação de pessoas com dependência química. O valor investido na produção do papel é revertido para a manutenção da ONG.

Já fica a sugestão para a Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo de Assú e das cidades vizinhas acompanhar a quantidade de reprodução de lixo eleitoral, principalmente no dia da votação, onde o descarte é maior nas vias públicas. Este tipo de lixo, inclusive, pode ser destinado para associações de reciclagem, contribuindo para aumentar a renda dos associados que atuam neste ramo.

Também fica a sugestão para que os colaboradores dos candidatos evitem a distribuição irregular dos materiais, atendam os preceitos da legislação eleitoral e com o próprio ambiente em que vivem, fazendo uma campanha mais pensada, planejada e consciente.