Nas últimas semanas observamos um movimento interessante: as lideranças do movimento acredito andando de mãos dadas com o ex-prefeito Ivan Junior. Isso nos intrigou pelo fato de, quando estava surgindo no município de Assu, o referido movimento se dizia representar a nova política.

Pois bem, o Observatório investigou e procurou entender a que se refere esta anomalia. Em contato com membros do movimento, detectamos as dificuldades de filiação do seu maior líder, Paulo Henrique, a um partido que estivesse disposto a lança-lo como pré-candidato ao pleito do executivo.

Não conseguindo respirar, pelo sufocamento das lideranças “cadeiras cativas” que desmandam nas legendas locais e tentando sobreviver à trama de conchavos municipais, o líder do movimento se submete a um partido aliado de Ivan Júnior e a seu grupo, o Cidadania.

Não sabendo dos acordos internos e das alianças pretendidas pelo ex-prefeito da cidade junto ao partido Cidadania, estamos de olho nesse mais novo capítulo da novela política do Assu, escrita por uma cria da família Soares, tradicional oligarquia da região e, estreando na condição de coadjuvante, o jovem Paulo Henrique, cheio de sonhos e expectativa do sucesso.

Porém, como sempre acontece nas melhores tramas, ainda não sabemos o que pode acontecer durante esse folhetim ateniense-potiguar, uma vez que autor também é partícipe da trama e, na condição de vilão, pode roubar a cena, como uma espécie de Nazaré Tedesco, ganhando a simpatia da maioria e, de maneira maquiavélica, atrair os holofotes a si mesmo.

O golpe iminente ao qual Paulo Henrique está exposto é igualmente usual às formas de aliciamento no meio político e naturalizado dentro do contexto da cidade, aliás, protagonizado pelo mesmo autor e vilão da atual trama que se inicia.

Paulo estará disposto a pagar o preço da fama reversa e perversa?