27 Jul 2024 Ellipse ATUALIZADO 00:03

Publicado

15/12/2022

Atualizado

31/01/2024
Publicação

Advogada agredida, carro de vereador depredado e câmara no cadeado: Ipanguaçu vive cenário de guerra

Por Silvino Júnior, graduando em jornalismo (UERN), Assistente em Planejamento da Produção (SENAI) e Editor Colaborador do Observatório da Várzea.

A convocação de uma eleição suplementar alterou o clima, os ânimos e até a forma dos ataques na disputa ao poder executivo em Ipanguaçu. A Câmara de Vereadores do município foi palco de um vexame público e protagonizou cenas horripilantes na noite desta quarta-feira (14).

O Prefeito interino do município, Jefferson Santos, se afastou do cargo pelo período de dois dias para participar da eleição da mesa diretora da câmara municipal. Ele ocupou a cadeira de presidente de câmara, realizou a sessão no plenário da casa nesta posição e anulou o pleito que poderia tirá-lo da condição de prefeito. O local foi tomado por apoiadores de situação e oposição, que se dividiram entre aplausos, vaias e gritos de ‘’Fora Prefeito’’.

Do outro lado da disputa, o vereador Doel Soares, que ocupava atualmente o posto de presidente da casa, não conseguiu pautar a nova eleição e se retirou do plenário acompanhado dos parlamentares do bloco de oposição e do seu time de advogados.

Após a sessão, o conflito ganhou contornos ainda maiores. O prefeito interino, Jefferson Santos, retirou à força o celular da mão de Vírginia Fonseca, advogada da câmara que registrava em seu aparelho as imagens do tumulto gerado no momento. Um vídeo gravado por populares mostra também que um automóvel foi depredado do lado de fora do poder legislativo. O veículo pertence ao vereador Bráulio Costa, que é da base governista e apoia Jefferson.

Além disso, outras imagens mostraram que as entradas de acesso da câmara municipal foram fechadas com correntes e as portas das salas receberam novas fechaduras, supostamente a pedido de Jefferson Santos. Diante disso, o vereador Doel Soares não conseguiu mais adentrar no local.

Nas ruas, a atmosfera foi de tensão e muitas incertezas. A população assistiu viaturas da polícia militar cercando o espaço, dois representantes se colocando como presidente da câmara, a cidade sem ninguém no cargo de prefeito e a temperatura elevada nos dois lados. Ipanguaçu parecia até o verdadeiro e velho faroeste, uma terra sem lei. O cenário foi de guerra e a população foi a grande derrotada.

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