27 Jul 2024 Ellipse ATUALIZADO 00:22

Publicado

18/12/2020

Atualizado

31/01/2024
Publicação

CAMPANHA DE DESMORALIZAÇÃO DO PROCESSO ELEITORAL EM ASSÚ ESTÁ EM CURSO

Por José Guimarães, Licenciado em Filosofia pela Faculdade Vicentina (Curitiba), especialista em Pesquisa Acadêmica e Científica na Prática Docente, pela Faculdade Bagozzi (Curitiba) e Editor Chefe do Observatório da Várzea.

Hoje pela manhã, um blog ligado à coligação “União Pelo Assu” divulgou mais uma Ação Judicial Eleitoral impetrada pelos advogados do grupo que saiu derrotado nas últimas eleições municipais. Desta vez, a intenção é impugnar urnas que teriam apresentado problemas. Na Ação, diz o blog, os advogados argumentam que “durante o dia da eleição diversos eleitores foram impedidos de votar por que outros já o tinham feito em seu lugar”.

Embora pareça inusitado, os advogados apresentam cópias de atas eleitorais que comprovam os possíveis erros durante a votação. No entanto, é bom lembrar, o próprio Rogério Torres, chefe do Cartório Eleitoral de Assu, em entrevista ao Observatório da Várzea já havia comentado sobre este fato que, aos olhos da Justiça Eleitoral, não é isolado e ocorreu em todo o Brasil, dado o TSE ter suspendido o sistema de biometria em função da pandemia de covid-19, na tentativa de evitar a transmissão do vírus.

Há um perigo que nem sempre conseguimos enxergar a olho nu nessa história toda: a tentativa de desmoralizar o processo eleitoral. É justo que, qualquer pessoa, física ou jurídica (no caso da coligação), que se sentir prejudicada, busque os meios legais para sanar os prejuízos e restabelecer a justiça. Porém, questionar de maneira leviana o processo eleitoral, construído com toda a responsabilidade e lisura, como se faz há décadas, é ultrapassar o limite do Direito e partir para o “tudo ou nada”.

Já existe um processo em curso, à pedido do ministério Público estadual de cassação de diplomas. É o caminho justo e viável para quem se sentiu prejudicado. Porém, atacar a Justiça Eleitoral, à título de desmoralização desta, é justamente um caminho que já vimos à nível internacional (basta ver as últimas eleições dos EUA) e a nível nacional, ambos frutos de uma ideologia extremista que, a todo custo, quer fazer valer o autoritarismo, subjugando as instituições democráticas.

Para que haja ordem, é necessária justiça. Para que haja justiça, é necessária consciência das pessoas (físicas ou jurídicas). Para que haja ordem e justiça, é necessária idoneidade, não apenas das instituições, mas da sociedade como um todo. Não se chega à justiça por caminhos corrompidos pela falácia e sofisma, ambos à serviço de interesses espúrios.

Estamos observando…

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