COMO CENTOPEIA, PASTOR ALFREDO ARTICULA PARA PROMOVER “OS SEUS” DEIXANDO UM PÉ EM CADA COLIGAÇÃO
![](https://observatoriodavarzea.com/wp-content/uploads/2024/01/media-260.png)
Por José Guimarães, Licenciado em Filosofia pela Faculdade Vicentina (Curitiba), especialista em Pesquisa Acadêmica e Científica na Prática Docente, pela Faculdade Bagozzi (Curitiba) e Editor- Responsável do Observatório da Várzea.
É notório que, em Assú, o líder da maior igreja evangélica, a Assembleia de Deus, já ultrapassou os limites pastorais para, em nome de cargos e privilégios (no caso da atual gestão), encampar as trincheiras da política local.
Seria até natural, dado o histórico das igrejas evangélicas no Brasil, que sempre militaram em partidos conservadores e ajudaram nas discussões ideológicas que há muito são travadas e âmbito nacional, como acontece com centenas de prefeitos, deputados e senadores.
Acontece que, em Assú, não há critério ideológico. O pastor, que até então indicou sua nora como assessora do deputado George Soares (PL), a manteve no partido, enquanto ele mesmo articula em reuniões com o ex-prefeito Ivan Júnior (REPUBLICANOS) a quem presenteou com uma bíblia, fazendo questão de postar para as redes sociais e apresentou Jarbas Rocha (PSC), como uma espécie de troféu e “verdadeiro candidato da igreja”. Tudo isso, quando ele mesmo promove encontros públicos com o deputado federal João Maia (PL).
Mas a astúcia do herdeiro de Lutero vai além. É sabido que, até ser filiada ao Partido Progressista, a missionária Matúcia Regina era presidente do movimento de senhoras da igreja. Foi imediatamente afastada após a confirmação da sua pré-candidatura a vereadora, numa clara tentativa de apagar o nome da irmã Matúcia. A confirmação de um possível boicote veio à tona neste final de semana, quando o pastor apareceu num vídeo apresentando os “verdadeiros candidatos da igreja”, onde estavam presentes a pré-candidata preferida do pastor, Janicleide(PSC), à direita e Jarbas Rocha(PSC),à esquerda como agentes principais da sua escolha.
Como centopeia, o líder da maior e mais tradicional igreja evangélica de Assú deixa um pé em cada coligação, na certeza de que se manterá em evidência, caso qualquer das três chapas sejam eleitas. É uma clara tentativa de manter cargos e influência em qualquer cenário que se desponte para o futuro. É, além disso, uma visão fisiologista da gestão municipal, que não tem compromisso pastoral com políticas públicas, mas está a serviço dos interesses pessoais.
Estamos observando…
0 Comentários