Por Silvino Júnior, graduando em jornalismo (UERN), Assistente em Planejamento da Produção (SENAI) e Editor Colaborador do Observatório da Várzea.

A justiça eleitoral ainda não definiu a data em que os eleitores de Ipanguaçu retornam às urnas para eleger o novo prefeito da cidade na eleição suplementar. Mas no município, a pré-campanha já começou a todo vapor. O principal nome da oposição, Remo Fonseca, desponta como um dos favoritos no jogo e estreou o fim de semana com uma maratona de visitas e presença em eventos públicos.

O favoritismo de Remo é explicado por dois fatores. Ele teve um desempenho eleitoral meteórico em 2020 e foi o responsável por mover o processo que cassou o mandato de Valderedo Bertoldo. Ele tem se esforçado para que seus eleitores mais fiéis não se desgarrem de sua base eleitoral. E também tem recrutado apoios importantes, que não estavam em seu grupo político quando disputou à prefeitura pela primeira vez.

Todavia, para evitar uma derrapada que ameace seu favoritismo, Remo precisa equacionar a composição de sua chapa. Uma parte de seu bloco defende que se mantenha a dobradinha com Silvio Nobre formalizada há dois anos como seu vice, mas isso não é unânime.

Entendo que a manutenção de um vice com um histórico eleitoral pouco expressivo, de fato, seja um risco. Campanha exige aglutinação de forças, novos aliados, um nome que não precise prometer uma tonelada de votos, basta ser leve e um ingrediente forte para o caldo eleitoral. Essa referência, por exemplo, poderia surgir do PT, como Leda Oliveira. Uma empresária reconhecida na cidade por suas qualidades profissionais e pessoais. Traria um toque feminino e forneceria ainda mais envergadura e credibilidade para a chapa.

De toda forma, ainda há fatos políticos relevantes em andamento e uma jornada longa até o voto na urna. O eleitor que vai decidir a eleição, ele não apenas vai responder se deseja uma continuidade ou uma mudança, ele também vai optar pelo nome que errar menos.

Estamos observando…