Misoginia e machismo podem ser as únicas armas contra pré-candidatas mulheres
Por José Guimarães, Licenciado em Filosofia pela Faculdade Vicentina (Curitiba), especialista em Pesquisa Acadêmica e Científica na Prática Docente, pela Unibagozzi (Curitiba) e Diretor Presidente do Observatório da Várzea.
No último fim de semana, a vice- prefeita Fabielle Bezerra, soltou uma nota de repúdio em que se direcionava a um secretário da Gestão que ajudou a eleger. Em seu texto, a vice- prefeita diz ficar entristecida com pessoas que estão “tentando derrubar a força do bem”, enquanto ela mesma reafirma “compromisso com uma política diferente” da exercida por tais agentes que, ao que parece, estão incomodadas com sua presença nas redes sociais.
Embora Fabielle não cite nomes, averiguamos que se trata do secretário Mário Rogério, lotado na Secretaria de Esportes e Juventude. Em sua fala, no mínimo indelicada, Mário Rogério critica a atuação de Fabielle nas redes, usando expressões que podem ser interpretadas como misóginas e machistas. Diz que ela quer “viver de exposição em rede social, batendo retrato, dando bejin, bejin” e que o povo do Assú vai ficar só no bejin, bejin, depois é “pau, pau”.
O que o secretário não compreendeu, ou talvez não deseje compreender, apesar de comandar uma pasta que precisa se manter conectada com as juventudes, é que a atuação política de qualquer candidato que se preze, nos dias atuais, passa pela esfera das redes sociais. Essa é uma lição que o próprio chefe do executivo aprendeu com sua vice, ampliando e atualizando a equipe de comunicação da prefeitura, com postagens em tempo real, mesmo aparecendo em Assú apenas nas terças e quintas-feiras.
No entanto, parece que os ataques e as tentativas de menosprezar a pré-candidatura das mulheres será um “modus operandi” que a máquina fará uso daqui para frente. É a tentativa de, numa linguagem chula e abaixo da cintura, atacar aquelas que não tem histórico de malfeitos nem se rebaixam ao nível da oligarquia que comanda o Assú, da qual o secretário parece estar bem ambientado.
Esperamos que a política tome outro rumo e seja discutida com projetos, sempre pensando no bem do povo do Assú e deixando os interesses familiares e oligárquicos de lado. Mas, esta é uma tarefa para pessoas que conseguem sobreviver à sedução do dinheiro e do poder. E não é o que conseguimos observar na maioria daqueles que estão na gestão pública Brasil afora.
Estamos observando…
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