27 Jul 2024 Ellipse ATUALIZADO 01:17

Publicado

09/09/2020

Atualizado

31/01/2024
Publicação

NA MÉTRICA DAS EXONERAÇÕES E RIMA DE NOMEAÇÕES, A POESIA PERDE O BRILHO

Por Talles Breno, Graduado em Educação Física (UERN-MOSSORÓ) e em CST Petróleo e Gás (UNP-MOSSORÓ), Massoterapeuta Integral, Professor de Artes Marciais, Idealizador e ex presidente do Grupo Celebra Poesia Assu. Editor- Colaborador do Observatório da Várzea.

Em Assú, Terra da Poesia, a política ofusca cada vez mais a poesia. Pois, poesia emana um brilho natural em todos os aspectos da vida humana. A política viciosa local toma cada vez mais significados torpes e mesquinhos; distorcendo e embaraçando o real significado da palavra que deveria ter uma conotação virtuosa e salutar.

Entretanto, isso já é comum na terra da poesia ofuscada pela política. Afinal, vivemos em amarras da tradicional oligarquia secular dos Soares e Montenegro, que não ofusca somente o brilho da poesia como também todo o desenvolvimento da cidade, deixando outros municípios do RN, que em um passado não tão distante, eram menores que Assú, o ultrapassar em desenvolvimento geral e dar lições poéticas de administração à Terra da Poesia.

Nesta terça feira, 08 de setembro, foi publicado nos noticiários locais as exonerações de Braz Barreto Soares Neto que assumia, até então, a Secretaria de Eventos, Esporte, Turismo e Juventude, e Shirley Pinto que assumia a Secretaria de Educação e Cultura. Secretaria esta que mantém o secretário adjunto, Paulo Sérgio de Sá Leitão, na pasta da Secretaria de Cultura, já que o mesmo continua apoiando os Soares.

Cabe salientar que, tanto Braz quanto Shirley, foram indicações do MDB. O partido rompeu ultimamente com o prefeito Gustavo e declarou apoio ao ex-prefeito Ivan Júnior nas eleições deste ano. As exonerações de ambos, consequência deste rompimento, já eram previstas pelos conhecedores da política local, que é pautada somente em interesses e beneficiações do grupo situacionista. Já é cultural tanto esse comportamento quanto a falta de importância que o povo dá a tais vícios; o que acarreta aspectos negativos na geração de resultados para esse mesmo povo.

A pergunta que não quer calar é: até quando os gestores irão se aproveitar da inocência do povo para cometer tais aberrações de forma tão escrachada? Sem pesar o impacto na geração de resultados de cada pasta? Com um cabresto que não analisa os levantamentos cronológicos de cada secretário em sua gestão. Sem concluir ciclos. Com interrupções abruptas e pendências não transferíveis, será sempre assim? Não apoia, nem faz parte do meu curral eleitoral hoje, te demito amanhã? O famoso tal cargo de confiança só é pesado na garantia de votos? Onde está o princípio básico da Eficiência do direito administrativo? E o princípio da Moralidade? E o princípio da Continuidade? E o princípio da Supremacia do Interesse Público? E assim segue as manchas na história da Terra da Poesia. Será que os nossos gestores estão fazendo o dever de casa básico para administrar a cidade? Até quando o interesse pessoal vai se sobrepor aos princípios básicos que regem a “Coisa Pública”?

Seguindo o barco, as informações adicionais é que a nutricionista Amanda Borges irá assumir a Secretaria de Educação. Isso mesmo! Não será um professor nem tão pouco um profissional ligado à rede de educação básica. Será uma nutricionista. Mas este é um tema para uma próxima matéria. Enquanto a Secretaria de Eventos, Esporte, Turismo e Juventude ainda não tem nenhum nome para a substituição.

Finalizo aqui, com uns versos de uma poesia da minha autoria, no ano de 2019:

“Logo na Terra da Poesia

Eu vejo a poesia morrer

Rimando tristeza e agonia

Assim não consigo escrever.”

Estamos observando…

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