Por Silvino Júnior, graduando em jornalismo (UERN), Assistente de Planejamento da Produção (SENAI) e Editor Colaborador do Observatório da Várzea.

A queda de braço entre o Prefeito de Ipanguaçu, Valderedo Bertoldo e o Deputado George Soares, terminou com vitória do Prefeito. George Soares obteve 1,828 votos na cidade, é o seu pior desempenho no município se comparado com suas três eleições anteriores, onde ultrapassou os 2 mil votos.

Na reta final da campanha, George Soares chegou a afirmar em praça pública que venceria o candidato de Valderedo. O gestor rompeu com ele para apoiar Raimundo Fernandes, que não se elegeu, mas terminou como o mais votado em Ipanguaçu. A oposição local também não conseguiu bater os nomes apoiados pelo governo nas urnas.

Segundo colocado na corrida à Prefeitura de Ipanguaçu em 2020, Remo Fonseca apoiou Robinson Faria, que obteve 634 votos e Dr Keginaldo Jacome, com 646 votos. Já o outro nome da oposição, Thales Marinho, conquistou 721 votos com Márcia Maia e 451 votos com Ubaldo Fernandes. A soma dos dois ainda é distante dos números alcançados pelo prefeito com seus candidatos.

O Prefeito de Ipanguaçu sai forte e fragilizado ao mesmo tempo. Mostrou que a estrutura da máquina administrativa tem força. Por outro lado, nenhum de seus candidatos foram eleitos, dificuldade adicional que seu mandato passa a ter em Brasília e no estado.

Os representantes de Thales também não se elegeram, mas ele ainda conta com a aliança com Ezequiel Ferreira. Remo sai com uma vitória tripla, além do seu deputado federal e estadual ter conquistado a vaga, ainda teve êxito ao senado, com Rogério Marinho.

Valderedo precisa ampliar a capacidade de articulação política do grupo, conseguindo cultivar os atuais aliados e recrutando novos membros. A oposição precisa se unir e começar a ganhar corpo e forma, caso deseje chegar em 2024 com um capital potencializado.